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quarta-feira, 30 de junho de 2010
DOM CASMURRO
"VOCÊ"
LUCIENE
É assim que estaria meu muro rasgado se o amor inocente e livre de
BENTO
CAPITOLINA
fosse nosso, como eu não escondo que gostaria.
Sinto-me a Capitu de quatorze anos com juízo de dezessete e vejo-te meu Bentinho, de impulsos tão pequenos quanto teu diminutivo, a esconder, quase vomitando, o HOMEM dentro de ti.
Deixo-me perder no prazer das imaginações, que seriam tarefa tua segundo o Machado, enquanto deleito-me da alegria em ver teus olhos negros cheios de verdades.
Quão doce será teu primeiro, teu segundo ou terceiro beijo... Mil! Mil vezes mais que as cocadas que outro negro ofereceu-nos. Rejeitei-as porque já alimentava tal certeza!
Não te farás padre, amado meu, porque anjo és há muito...
Não mais "meia moça" me acho depois de teus beiços entrecortados: Tua língüa perdeu-se das palavras para dar-me amor e fazer-me inteira.
E quanto ao meu penteado, meu amado, permitirei que conheças o Cântico dos Cânticos para que sejas um Salomão conhecedor dos fios exatamente como sei que conheces do amor...
LUCIENE AMARAL 30 Jun. 10 - 03h38Min.
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