Um dia de cada vez

Morrendo de saudades de tudo, mas feliz...
Aprendendo a cozinhar, recebendo poucos telefonemas,
Sem computador (Estou postando da casa da minha tia agora), mas me acostumando...
Sentindo falta de abrir a porta e dar de cara com o Estrela (O famoso Brega da porta de casa).
Esperando ansiosamente pelo dia 20 de janeiro, quando começo a trabalhar dando aulas de Redação e Espanhol...
Recebendo uma única amiga na casa nova, a Samara! A primeira e, até agora, única amiga que tenho aqui em Paulista.
Já levei o primeiro tombo no banheiro! :$ (Um arranhão gigante nas costas ficou de herança)
A primeira refeição servida na casa nova foi SA-RA-PA-TEL (Só pra deixar registrado).
No domingo passado, o Hugo veio me ver aqui, depois de muita agonia pra eu explicar um endereço que eu ainda não decorei. (O nome da Avenida aqui é muuuuito complicado ;@)
E por falar em Avenida, sinto falta do silêncio... O barulho dos ônibus e caminhões ainda é estranho pra mim.
Sinto muita falta daquela sensação gostosa de que, a qualquer momento, a porta do quarto do meu tio poderia ser aberta por ele dizendo:

- Desce!

E da sensação mais gostosa ainda de descer a escada com o coração na boca porque ele não veio sozinho...
Acho que eu sinto saudade de todas as pessoas que eu via todos os dias... As que eu conhecia e as que eu não conhecia também.
Mas o que me deixou mais vazia foi perder a certeza de que eu estava perto de todas as pessoas que eu amava mesmo sem ver todos os dias...
Tenho medo de perdê-las de uma vez, ao invés de perdê-las aos poucos como eu fazia...
Apesar disso, um dos homens que eu amei sempre dizia: "UM DIA DE CADA VEZ".
Tenho sido fiel a cada uma das filosofias que aprendi com o amor...
É sinal de que, como eu previa, mudei geograficamente, mas meu coração continua fincado na mesma terra!

P.S. Perdoem meus períodos de ausência, que agora serão muitos.
Amo esse Blog e sempre vou voltar.

ÚLTIMO EM CAMARAGIBE!

Eu vim pra chorar...
Vim pra dizer que vou guardar saudades imensas deste lugar que me guardou por dezessete anos inteiros.
Vim pra dizer aos meus amigos que os amo e vou sentir muita falta.
Sentir muita falta e uma dor horrorosa, mas que vai passar aos poucos, eu sei...
Quero aproveitar a experiência, a novidade e as dificuldades também.
Nós vamos ser felizes, apesar da saudade que será nossa companheira daqui em diante...
Tanta gente que vai ficar aqui e tanta gente que já sei foi, tantas coisas bonitas e feias vividas aqui irão conosco...
Quero levar cada sorriso, cada lágrima, cada briga e cada um dos beijos inacreditáveis que recebi aqui.
Quero levar os dezessete anos nas malas da memória e do coração...
Peço a todos que me perdoem por eu não tê-los procurado, mas eu odeio despedidas e choro...
Prefiro que meu coração mareje e não os meus olhos.
Quero abrir os braços para receber o futuro, mas deixando bem claro que o passado foi belíssimo...
Meu passado contou com a colaboração de muita gente especial.
Eu quero agradecer a todos por tudo...
E eu vim pra dizer que agora chegou a hora de todo o amor que eu sinto ser provado.
Deus escreve certo e ponto final. (Nada de linhas tortas!)
Vou procurar entender Seus propósitos sem reclamar e "Apenas matenha a calma!" será um conselho que eu vou seguir sim...

Meus amores, eu vou... Mas meu coração fica!
Que Deus abençoe a todos nós, e deozídio ajude a quem não acredita...

Último do ano que passou

Meu coração anda apertado...
De repente veio um nó à garganta
Para mostrar que nenhuma certeza,
De fato, existiu por todo esse tempo.
Verdade.

Quis e continuo tentando me enganar,
Fingir que tudo sempre esteve bem...
Quando, na realidade, não parei de correr em círculos,
Não deixei de dar voltas de 360 graus para sentir de novo o vazio,
A sensação de vazio de ter feito milhões de atos de esforço
para acabar sempre tropeçando na mesma pedra.

A verdade é que não sei mais a diferença entre as rosas e os espinhos:
Sangro e gozo, gozo e sangro
E me perco quando acho que me encontrei
E me torturo quando minha felicidade ameaça ferir alguém.

SOU HELENA CONSCIENTE!

Mesmo imoral, sei que não tenho alguns direitos:
Posso viver, morrer, correr, cair, chorir, sorrar...
Mas não posso e não quero ferir, não posso magoar ninguiém.

Ser feliz às vezes significa machucar inocentes.
Parece ser inevitável, já que, naturalmente, se opta pela própria felicidade
E dane-se o mundo...

Mas eu não sou assim! Tento, até, mas não.
Ou será que consegui sem perceber?
Morre a dúvida:

Desci as escadarias da moralidade
E encontrei, branca e febril, o meu índio...
Homem bem despido: Senti sua alma!
Homem bem amado: Conheço meu íntimo.

Conheço e, por vezes, lamento:
É preciso magoar inocentes para ser feliz
Em muitos pedaços do caminho.

Se não houver saída,
Meu amor, índio, vermelho rosto e amante,
Sou Helena e tua!
Dane-se o mundo.

Luciene Amaral 01h59min 23 dez 10

P.S. Basta eu olhar pra você... Fica tudo em evidência ♪

2011, HELENA!

É, meus caros... A palavra tem mesmo poder.
A pobre coitada queria esperar o novo ano vestida em branco e longo.
Comprou em setembro para evitar preços exorbitantes, mas...
Novembro se foi e foram, com ele, quatro quilos de Helena...
Eis que o longo branco, que prometia atrair paz, foi forçosamente substituído por um vermelho pouco gasto de dois anos antes.

Helena comenta com a amiga:
- Esqueci a superstição, abandonei. Eu queria paz, era só o que eu queria.

E a amiga brinca:
- Se você acreditar em superstição vestida assim [de vermelho], a confusão fica pior ainda!

A palavra tem poder, meus caros:
As duas se abraçam e trocam um "Tchau".
Helena abre a porta e... ELE.
Abraço... Os dois trocam o coração.
Mentira...
Ela entrega,
Ele, talvez.
Ele pede calma...
Ela bebe, chora, escreve, arranha
Desfaz-se vermelha,
Como a face desprovida de vergonha que ele tem.
Sozinha, não dorme: apaga!
Decide: AMA!

Luciene Amaral - 1/Jan/11 - 4h.

P.S. 
Uma folha, ai,
melancolicamente
cai!

     Mário Quintana

(Por que será que eu encerrei com um HAIKAI???)