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quarta-feira, 30 de junho de 2010

DOM CASMURRO

"VOCÊ" LUCIENE É assim que estaria meu muro rasgado se o amor inocente e livre de BENTO CAPITOLINA fosse nosso, como eu não escondo que gostaria. Sinto-me a Capitu de quatorze anos com juízo de dezessete e vejo-te meu Bentinho, de impulsos tão pequenos quanto teu diminutivo, a esconder, quase vomitando, o HOMEM dentro de ti. Deixo-me perder no prazer das imaginações, que seriam tarefa tua segundo o Machado, enquanto deleito-me da alegria em ver teus olhos negros cheios de verdades. Quão doce será teu primeiro, teu segundo ou terceiro beijo... Mil! Mil vezes mais que as cocadas que outro negro ofereceu-nos. Rejeitei-as porque já alimentava tal certeza! Não te farás padre, amado meu, porque anjo és há muito... Não mais "meia moça" me acho depois de teus beiços entrecortados: Tua língüa perdeu-se das palavras para dar-me amor e fazer-me inteira. E quanto ao meu penteado, meu amado, permitirei que conheças o Cântico dos Cânticos para que sejas um Salomão conhecedor dos fios exatamente como sei que conheces do amor... LUCIENE AMARAL 30 Jun. 10 - 03h38Min.

terça-feira, 29 de junho de 2010

HOJE

Acordei assustada. Pesadelos à parte, esse foi horrível! Minha cabeça e meu coração perderam de vez aquela velha conexão que eu adorava sentir. Estou me vendo cada dia mais distante do chão e as coisas ao meu redor estão, naturalmente, ficando num tamanho a cada instante menor. Apesar de gostar da razão como companheira, escolhi me aventurar pra espantar o tédio em que minha vida mergulhou... Mas tudo tem aquele precinho a pagar, e que nem sempre é camarada: A vida não é sempre um festival de "Negócios da China". O que importa, no entanto, é que resolvi pagar pra ver com mais freqüência que antes... Chega de misturar mundos, sofrer sem motivo (porque nenhum motivo é bom o bastante pra arrancar lágrimas de alguém) e ocupar o cargo da mocinha insossa! Se eu tiver que ser a vilã pra ser feliz, vamos lá, serei... Se pra TÊ-LO, MEU PESADELO MAIS LINDO DESSE MUNDO, eu tiver que matar um leão por dia... Pobres leões: A selva ganhará uma rainha! Entre outras coisas, aprendi que, como diria a Silvia do Blog CONSULTA SENTIMENTAL, os relacionamentos com base na amizade têm muito mais chance de dar certo do que os relacionamentos baseados em atração física. (Ela me deu a frase certa pra o momento errado na época, porque só agora entendo perfeitamente o que se queria dizer) Sinto que finalmente encontrei a pessoa certa e, pasmem ou não, estava muito, mas muito, muito perto mesmo! Não fisicamente, mas emocionalmente, que é o que interessa... Às vezes eu estranho minhas próprias determinações, sabe? Há cinco meses atrás, minhas respostas eram de uma veemência, de uma certeza absurdamente inquebrável de que tudo, ó, não passava de uma companhia a mais, um ombrinho amigo a mais na minha listinha dos "amados entre aspas"... Mas hoje descobri que o amor perdeu as aspas! :$ Dá medo, claro... Mas o medo maior, descobri quando acordei daquele pesadelo horroroso, é PERDÊ-LO SEM TÊ-LO TIDO!! (Existe anjo negro sim...)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

OUTRO

O homem que eu amo sorri Me olha nos olhos sem palavras e entende Sem o uso de letra alguma, me convence Me aceita, e assim, me faz feliz O homem que eu amo é o sol Eu fico aqui, logo corro ao Japão Nunca, nunca estou só: Seu amor me estendeu a mão O homem que eu amo também erra Mas não me interessa a perfeição Seu pecado cai por terra Se eu tiver certeza de que é meu seu coração. LUCIENE AMARAL 09h23min (P.M.) - 27 Jun. 10

domingo, 27 de junho de 2010

SEM MEDIDA

(Homenagem indireta) [Mainha, pra ti!**] Acredito que o verdadeiro e bom amor é o que não se alimenta de ilusões, é o que sente prazer no que é palpável em suas abstrações. Realmente interessante não é apenas prevalecer-se das qualidades do outro, mas respeitar seus defeitos prevalecendo-se de suas qualidades. A adolescência, enquanto fase de descobertas, tem se mostrado um período muito rico em felicidades enormes vindas de pequenos detalhes: A maneira como decidi conduzi-la tem-me feito crescer como pessoa humana e mulher. Minha visão de mundo modificou-se profundamente e, com ela, caminhou pela trilha das transformações, também, minha visão de amor. Descobri que, muito além da paixão, do desejo e das sensações de prazer do ponto de vista erótico, existe uma forma muito mais profunda de expressar amor, uma que exige um nível muitas vezes superior de entrega. Entre todos nós, humanos e pré-dispostos ao amor, há um ou outro que se dá à entrega exigida sem maiores problemas, mesmo sob o risco de um possível e MAIS-QUE-PROVÁVEL sofrimento futuro. Faço parte deste seleto grupo... Às vezes, já que somos seres falhos e extremamente suscetíveis à fraqueza, me dou o trabalho de questionar a mim mesma sobre a necessidade de dispensar toneladas e mais toneladas de dedicação a alguém que, na maior parcela das vezes, sequer nota quanto esforço foi feito. Nunca há resposta plausível! Certo... Não ter vergonha de amar é algo que se compreende e não se aplaude porque não representa motivos para surpresa, mas, quando dar sangue e lágrima faz parte do pacote, tudo se torna mais difícil... O amor com o qual todos nós sonhamos é gratuito! Perfeito mesmo é o sentimento que nasce nos dois de forma simultânea. Tudo o que se desvia de tal certeza provoca o sofrimento intenso de uma das partes e, às vezes, compaixão da outra. Como queríamos todos os membros do grupo dos extremamente entregues que o dó pudesse ser convertido em amor... Cuidar do outro constitui a maneira mais próxima de contato que podemos alcançar. Por isso, não por outra coisa, tantas pessoas já ouviram o cansativo “sermão de amigo” que sempre constata a mesma realidade: Esquecemo-nos em prol de quem amamos. Pôr a si próprio em segundo plano NÃO É BACANA. Mas, sempre havendo uma exceção à regra, me dou o direito e o luxo de SER a exceção. O homem que amo merece o meu e todo o amor do mundo, acreditem! Apesar de ser visto pela maioria das pessoas como um ser grosseiro, insensível, enxergo sim a presença de um coração puro em seu interior. Seus olhos me conclamam o tempo inteiro! Mas meu idioma é diferente... Eis o problema: Somos parte do mesmo jogo em estágios distintos. Nossas formas de carinho a serem trocadas caminham em sentidos opostos: Minhas mãos tocam-no com amor, as dele tocam-me com solidariedade. Solidariedade significa fazer o bem sem olhar a quem, Amor significa sentir-se bem a partir do bem-estar do outro. É devastadoramente triste perceber-se acolhida por conta, apenas, de simples códigos de conduta, enquanto damos sangue, lágrima, vida... Para conquistar o direito de apenas CUIDAR de quem tanto desejamos, ardorosamente, AMAR. “Não é saudável amar assim, mas foi assim que aprendi...”. LUCIENE AMARAL – 1 jun. 10 – 23h49min.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Fui acordada pelo celular vibrando em cima da cama. Iria ficar muitíssimo irritada se não tivesse lido no visor "UMA NOVA MENSAGEM": 'Oi, amor... Tudo bom? Ai, entra no orkut ou MSN!' Aí eu pensei: "Olha que bonitinho, tô fazendo efeito!" Não pude atendê-lo, meu tio dormia no quarto do computador bem na hora... (DESCULPA AÍ! :X) Mas agora é hora de contar uma coisa: Meu São João foi booooommmm demais! Passei na casa dos meus tios (Flávia e André), com a família quase toda reunida... Eu adoro ir pra lá. Muita foto, muita presepada, muito álcool (pra mim não!), mas o melhor momento não foi nenhum dos que passei com os parentes sangüíneos, eu explico: O único dos tios que mora comigo, Manoel, levou com ele pra a festa a "namorida", que chamo de tia porque gosto dela, Fabiana. Então... Sumimos das vistas do pessoal por uns 30 minutos, ficamos conversando e ela pediu pra me maquiar (Quem me conhece sabe que nunca me acostumei com maquiagem!)... Eu deixei e, ó, fiquei bonita, viu? (SINAL DE QUE ELA PRATICAMENTE OPEROU UM MILAGRE :x) Mas a grande questão não foi a ocasião em si... Foi que eu me sinto tão à vontade, tão "abraçada" quando tô com ela, sabe? Gosto do jeito simples, do sorriso, dos olhinhos brilhando... É linda! Quando considero uma mulher como sendo linda, geralmente analiso as coisas por outros ângulos e fatores, mas com a minha tia... Gosto, gosto mesmo do coração dela, entende? Nos acho um bocado parecidas! (Apesar de ela ser muito mais bonita... :x) E eu não deveria falar, talvez... Mas acho que existe uma menina, uma criancinha presa dentro dela, exatamente como a criança que ainda não deixei de ser internamente. E é por isso que, quando seus olhos cessam o brilho alegre de quem vibra com o gol da Seleção Brasileira para dar vez ao brilho das lágrimas porque sua menina foi magoada, sinto como se o meu coração também doesse, a minha menina também chorasse. Querida tia... Talvez Deus pareça injusto ao nos fazer chorar, mas Ele sempre nos dá um ombro amigo para dividirmos nossa dor. O seu sou eu, se quiser! Nunca vai estar sozinha, como sei que contigo também não estou... Amo você**

terça-feira, 22 de junho de 2010

VOCÊ PEDIU PRA EU SER MAIS CLARA!

[MINHA GENTE, SEM QUERER "INAUGUREI" UMA SÉRIE DE PÁGINAS PESSOAIS EM DEMASIA. NADA QUE NINGUÉM AQUI POSSA SABER, MAS PEÇO A COMPREENSÃO DE TODOS PELO FATO DE O CONTEÚDO DO MEU BLOG TER DEIXADO DE SER "SÉRIO" PARA TORNAR-SE "MAIS EMOCIONAL QUE NUNCA"... QUANDO A TIMIDEZ DE ALGUÉM QUE EU GOSTO APERTA DEMAIS E ME PREJUDICA, ME DESCULPEM, PRECISO MOVER MEUS PAUZINHOS DO MODO QUE ME É POSSÍVEL FAZER!] As pessoas insistem em exigir de mim uma sinceridade que eu preferencialmente maquiaria. Não por desejo de me desfazer da verdade, mas por conforto (às vezes moral, às vezes ético, às vezes emocional...). Não é nada confortável pra mim ter que SER MAIS CLARA, por exemplo, quando isto significa magoar alguém, perder a amizade ou quebrar qualquer classe de harmonia de forma geral. Por outro lado, no entanto, é interessante usar da transparência para mostrar-se confiável, seguro das próprias idéias e princípios e, no meu caso, para deixar bem claro o que sinto e espero de um alguém em específico. A campanha está forte... Não pretendo permanecer sozinha, como agora estou, por muito tempo: Simplesmente cansei! (CLARA COMO ÁGUA, NÃO, SENHORITO???) Mas, é lógico, comparo a vida a ser uma questão do Enem (KKKKKKK'): Nunca há uma única opção a escolher e, por isso, precisamos ter certeza sobre qual é o caminho correto a seguir. Honestamente, sei que falta um pouco de segurança de minha parte, mas não considero este como um problema sério porque sua solução pode ser bastante simples: DIÁLOGO! Se a timidez apertar, respira fundo, conta até dois e sorri pra mim... O resto, basta que você me permita fazer! Beijo pra todo mundo e pra você... ☺ P.S. Bom São João, galera!

domingo, 20 de junho de 2010

MomentoTwitter

*Ontem rolou a festa de aniversário de João *Cheguei à meia-noite em casa (Porque a festa foi na esquina!) *Dormi depois das cinco da manhã pensando em... (Prefiro omitir a informação) *Acordei às 10... Briguei com Flavinha (Novidade? NENHUMA!) *Falei com Luana hoje (Eu te amo/que saudade... :/) *Falei com Ivson ontem à noite e conversamos outra vez sobre quando devo pôr os pingos nos "ís" de uma vez por todas com minha mãe (Revoluções...) Lembro de ter dançado, de ter comido, de ter recordado o que não deveria... E acho mesmo é que tenho feito os pedidos errados aos Céus: Preciso ser bem mais específica, afinal, desejar companhia não significa estar disposta a abrir as portas pra qualquer pessoa. (DEU PRA PERCEBER QUE IMAGEM TENHO DO Twitter, NÃO DEU?) Beijo pra a galera de ontem, que foi superbacana; Beijo pra Luana, Yago (pelo recado lindo que vi no meu Orkut hoje) e Lana Beeijjoo pra Sheilinha e Amanda Queiroz (Carniça), agora em meu blog!** &... FIM!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

TALVEZ

Fiz vários agradecimentos no último post referentes ao meu vestibular, mas esqueci que precisava deixar bem claro o quanto me sinto livre pra tentar ser feliz de novo. Desde ontem à tarde, quando um peso enorme saiu das minhas costas, senti que o mundo deu mais uma volta e desta vez estou no tôpo. Explico: Saindo de casa para ir à faculdade resolver a questão da documentação necessária pra minha re-matrícula, esqueci do guarda-chuva e acabei tendo que parar no meio do caminho quando começou a chover. Minha parada no caminho, ironicamente, ocorreu em forma de conversa... O céu desabando e Jaclécio (Antigo quase caso [kkkk¹²³]), olhando bem pra mim, perguntou se eu estava chateada com a viagem de um amigo nosso (Thomas), meu ex-namorado a quem amava como louca até uns três meses atrás. Detalhe? Tem: Eu não sabia de nada! E só então caiu a ficha de por que motivo eu tentei telefonar durante um dia inteiro e não consegui contar pra ele que tinha passado no vestibular. (Depois de um tempo absurdo sem ligar, sem encontrar, sem procurar, afastada e tentando esquecer!) O que, num passado bem recente, eu temia que acontecesse, de repente rolou enquanto eu estava muito bem ocupada cuidando da minha vida. Num alarme falso, há cerca de 6 meses atrás, eu fiquei em choque: chorei, sofri, não dormi, não comi... Fui me destruindo devagarzinho sem a mínima vergonha de assumir pra ele e pra todo mundo fora de casa que era porque ainda o amava mesmo depois de tanto tempo decorrido após o fim do relacionamento de três meses, uma semana e três dias. Uma semana depois da data marcada pra a tal viagem que nunca acontecia, ele não ia mais embora... Passei mais uns meses escrevendo outra pilha de poemas, me iludindo com o que no fundo eu sabia não ter sentido nem futuro... Daí entrei na faculdade, conheci um monte de gente, fui sentindo menos saudade porque a cabeça estava cada vez mais ocupada com as aulas e, mais tarde, a política... Parei de ligar à meia-noite (Hábito que virou até música), depois parei de ligar todos os dias, depois parei de ligar! Parei de perguntar, de visitar o orkut... Matei meus maus costumes um por um, sozinha, sem poder contar com ninguém porque tudo só dependia de mim. Ontem, quando o que seria uma bomba veio aos meus ouvidos... Percebi que estava livre! E devo dizer que te agradeço, Thomas, por não ter me dito nada: não me deixou passar pelo mesmo suplício outra vez. Sou completamente livre, agora... Mas isso não significa que eu não deseje outras prisões: Basta que me façam bem! E por falar em Jaclécio... rsrsrsrs Acho que larguei a incerteza de um SE pra agarrar a incerteza de um TALVEZ... Bom, Agora que EU DISSE TUDO, já posso ir. Beijo** P.S. SENHORITO, QUANDO TE EXCLUÍ E REINCLUÍ NO ORKUT, NO MESMO DIA, O FIZ POR RAZÕES QUE EXPLIQUEI, MAS, JÁ QUE NÃO LEMBRA, VAMOS REFRESCAR SUA MEMÓRIA: "Existem histórias que merecem um recomeço pra que tenham outro fim. Por isso, vamos começar tudo de novo pra fazer tudo certo dessa vez" Agora nem dá pra se fazer de desentendido, viu??

quinta-feira, 17 de junho de 2010

AGRADECER

Acordei e corri pra o computador... Abri o portal do Sistema de Seleção Unificada, o famigerado SiSU, e vi meu nome na lista de aprovados. 12°, DÉCIMO SEGUNDO lugar do meu sonhado curso de Letras... Mal posso me conter de tão feliz: raspei novamente a sobrancelha, contei pra um bando de gente, liguei pra um monte de gente, fui ao Instituto São Luiz, minha úlitma escola... Só não tirei nenhuma fotografia, ainda. Não fui à UFPE por conta da chuva, que prejudicou boa parte dos meus planos, mas consegui ligar pra Jailson e contar sobre minha nova aprovação, então, acho que meus amigos já devem saber de tudo, apesar de não terem dado sinal de vida. (Bobagem! Também o fiz...) Senti falta de um maior entusiasmo na casa... Esperava mais vibração, mais abraços, mais alegria! Mas... Consigo encontrar algo que explique o frio da situação. São razões que estão perfeitamente claras em minha mente, mas que não sei como externalizar com palavras escritas nem, muito menos, faladas. Apesar dos pesares que insistem, preciso cumprir com minha maior obrigação: AGRADECER! Primeiro, claro, devo me mostrar infinitamente grata ao meu Deus que me permitiu alcançar mais essa conquista... Depois d'Ele, posso deixar meu "muito obrigada" aos meros mortais mais maravilhosos que estão ao meu redor e sempre me apoiaram em tudo que fiz: *Mãe (SEMPRE E SEMPRE) *Família *Pessoal do Resistência/UFRPE *Pessoal do Correnteza/UFPE *Ex-colegas de turma (Ruan, agora vou te devolver seu livro de biologia!) *Melhores amigas (Sheila Cristina, Priscila Araújo, Amanda Lins, Mayara Mara, Luana Pessoa e Amanda Cunha) *Fernando Silva, Jaclécio Jorge, Raphaela Leite, Beatriz Souza, Jéssica Paloma e Karla Falcão (Pelo carinho de sempre) *Vivian Sousa, Alexandro Pereira, Augusto Flávio, Carol Hernández, Anne Nóbrega, Dayvison Bandeira, José Lyra e Ladjane Maciel. (Responsáveis por minha escolha!) *Ao antigo 2º ano de 2009 do ISL [Hoje, 3º ano] *E às pessoas que fizeram toda a diferença pra que minha experiência no curso de Biologia, nesse primeiro contato com a Universidade, fosse como foi: Minha turma, LB3, inteira, o 1º Período vespertino do Bacharelado em Biologia, Yuri Pires (Que me acompanhou em meus primeiros passos pelo campo do Movimento Estudantil e da política como um todo), Ivson Carlos, Amanda Queiroz... E à professora mais especial que eu conheci na Universidade, Cleide Farias de Medeiros! (Eu amo e vou morrer de saudade) "Não importa a que distância está seu sonho de tornar-se real... Nunca deixe de crer e lutar por ele!"

INSÔNIA

De repente acordei... Me vi em meio a um misto de tantas coisas... Me sinto ferida, mas sem ter a quem culpar. Talvez seja esta a maior razão de minha dor: Não ter ninguém! Não ter algo que me corroa de uma só vez, mas o vazio que me fagocita aos poucos; Não ter você pra me amar sem medo, mas tua ausência assustadora pra arrancar meu silêncio. Porque o grito não encontra forças pra ocorrer, as palavras se perderam com tua companhia... A cada dia que chega trazido pelo sol, que pra tantos representa novas esperanças, sinto que perdi mais um jogo. A cada nova queda me sinto mais próxima de não mais me reerguer, porque faltam mãos estendidas. Os dias passam e eu me vejo dando passos cada vez mais largos em direção ao fim de tudo... Tenho lido bastante! O frio que está, há dias, consumindo as ruas tão entregues à solidão dessa chuva interminável me fez parar pra pensar um pouco mais em mim, no que conquistei e no que perdi... Pensar demais tem doído! Sei que preciso ir mais além, sei que preciso de muito mais amor, vida e verdades. As verdades têm sido tratadas como veneno por todos os que dizem me amar, mas não canso, apesar das pressões impostas, de buscá-las. Eu tenho pago um preço altíssimo por minha determinação... Me acho mais e mais isolada, ilhada, falando um português que as pessoas se esforçam pra não compreender. Pelo menos é o que tem parecido! Olho a mão esquerda com os olhos marejados... O anel de pedra azul que mamãe me deu comove-me profundamente e faz-me considerar a possibilidade de desistir de mim e dos companheiros que ainda me restam... Não por ser um anel, nem por ser azul, mas por significar seu desespero em salvar-me, do inimigo sempre presente, com todo seu amor e cuidado. Mesmo sabendo que a terei por todos os meus dias em mim e comigo, sei que não posso deixar de lutar pelas coisas em que acredito: as tenho como dever moral! Mesmo entendendo que seus braços estarão sempre abertos à minha espera, sei que há milhares de mães que perderam seus filhos e, por isso, jamais voltarão a abraçá-los. Os perderam para as incontáveis formas de violência às quais estamos expostos, e que poderiam, deveriam ter sido evitadas. Quero, eu mesma, abrir meus braços à humanidade inteira! E mesmo que falte você, meu amor; Mesmo que falte você, minha mãe; Quero sentir que o sol me trouxe esperanças, sentir que tenho, não um jogo, mas, uma felicidade a cantar como vitória... LUCIENE AMARAL 02h06min 17 jun. 10

domingo, 13 de junho de 2010

SOZINHA

Se afaste de mim Se afaste de mim Não me machuque assim Sei quem sou Sei que sou Quem ninguém amou Sua areia me feriu Seu punhal me cegou Meu olhar se desfez Meu coração despedaçou Cai sem chão Comi sem pão Fiquei na minha Pensei em tudo Tranquei meu mundo Estou sozinha... Luciene Amaral - 17h36min 13 jun. 10

sábado, 12 de junho de 2010

ANÁLISE DE DENTRO PRA FORA

Não posso deixar de dizer: a INCONSTÂNCIA é o que tem definido meus mais recentes momentos. Não há sequer um mês de distância entre a última vez em que me senti plenamente feliz e esta vez, em que preciso desabafar o quanto a vida tem parecido um fardo a cada dia mais insuportável. Meu sonho maior deixou de ser modesto, conformado, pequeno: QUEREMOS nada menos que o mundo inteiro. QUEREMOS, sim... Não quero mais nada sozinha. Se uma das coisas que mais me afligiam era a solidão, perdi um motivo para reclamar da vida. Descobri a fórmula da felicidade social contra a qual sempre relutava inconscientemente, por influência da sociedade macrométrica. MACROMÉTRICA, sim: descobri uma micro-sociedade onde quase tudo, senão tudo, gira em torno de princípios diferentes dos convencionais. Por isso, muito prazer: Somos os COMUNISTAS no Brasil! Tenho me sentido útil, respeitada, acolhida e apoiada: hoje posso dizer que existem pessoas incentivando o meu vôo, há muito, tão desejado. Finalmente encontrei gente sem o menor interesse em cortar as minhas asas tão ansiosas pela liberdade. O conceito de liberdade, sob minha ótica, espalha-se pelo terreno da consciência política. Ser livre, entre outras coisas, significa também poder expor e exercer meu ponto de vista político de forma ativa e extremamente conseqüente. Não me interessa perder os grilhões que tanto têm me atormentado para a execução de atos inúteis, incoerentes e/ou fúteis, mas é neste ponto que mais tenho sido incompreendida, principalmente no âmbito familiar. Logicamente, compreendo com clareza o choque representado por minha nova postura, afinal, passei quase dezessete anos vivendo sempre do mesmo modo e ouvindo apenas uma das versões da mesma história. Ouvir e entender a importância do outro lado dos fatos, vez por outra, me levou a consolidar a certeza de que todos nós estamos sujeitos ao erro e, por sermos todos falhos, não podemos exercer poder opressor sobre alguém com a alegação, bastante freqüente na conjuntura social vigente, de que a posição superior na “Cadeia Familiar” pressupõe total submissão dos ocupantes de posições inferiores. A sociedade vigente no país, a capitalista, prevê e assegura o exercício do verticalismo entre pais e filhos, o que configura um grave e gigantesco problema. A partir da relação vertical, filhos calam-se, trancam-se dentro de si mesmos cheios de dúvidas que jamais exporão, cheios de ressentimentos contra a ordem que desagrada, mas deverá cumprir-se sem a mínima interferência de quem a concretiza nos degraus mais baixos desta escada ridícula. Os pais, por sua vez, tão obstinados a criticar meu célebre e “Fidel” Castro, ensinados, como papagaios, a repetir a ladainha da mídia burguesa, jogam no papel dos ditadores, veja só! Choque? Pobre Fidel tão apedrejado pelos pais capitalistas, por ter tornado real em Cuba a educação e a saúde perfeitas que não passam de sonho nas sociedades movidas por sujas moedas, enquanto estes seguem ludibriados, pressionados por todos os lados a desfrutar de uma existência em condições ínfimas, sem nem perceberem. NÓS brigamos contra a influência de um sistema inteiro na vida das pessoas, somos donos de uma tarefa árdua, mas que desempenhamos com todo o prazer do mundo. Temos a mais plena e inabalável das certezas de que, cedo ou tarde, alcançaremos o nosso objetivo final. Mas, falando só por mim, venho enfrentando a fase mais conturbada da batalha que eu mesma criei, que ironia... Meus conceitos mudaram, meu modo de vida e meu comportamento se transformaram bastante e o meu senso político tem sido constantemente estimulado. Tudo isto tem sido refletido e percebido externamente, e, consequentemente, tem provocado o receio e um excesso de preocupação dos familiares. Descobri que consigo “me virar” sozinha em mais situações do que eu julgava ser capaz. Consigo comer, tomar banho, remédio, dormir, trocar de roupa de pé em banheiro encharcado, descer e subir escadarias sem precisar de corrimão e andar, mas andar muito mesmo, sem bancar a quase morta no fim do dia e sem contar com o dinheiro da mãe... O fato é que preciso de menos proteção hoje do que precisava antes de aprender que o mundo e a vida funcionam bem melhor quando somos socialistas! Deixei de me comprometer comigo mesma e com a minha família para buscar o bem da humanidade inteira e NÃO sinto muito em dizer que faço isso por livre e espontânea vontade. Mas toda revolução pessoal tem seus custos: minha família e eu estamos praticamente falando idiomas distintos, os amigos mais antigos foram sumindo e falta o amor... Nunca tive um modelo fixo de homens que me atraem, mas o homem comunista, em geral, é sempre um forte candidato! [EU-RI-ALTO] Entre os capitalistas, um ou outro olha pra mim e parece sempre estar pensando: “Prefiro uma com mais peito e mais bunda”. Entre os socialistas, porém, o consolo só é maior porque a minha consciência e os meus ideais são levados em conta: eles parecem pensar: “A companheira é de luta, mas... Falta alguma coisa!” [ACABEI RINDO OUTRA VEZ]. Em resumo, tenho nadado muito e morrido sempre sozinha no fim do conto... Às vezes me vejo muito isolada... Me olho no espelho e pergunto-me: “Quando não tem família, os camaradas suprem; quando não tem comida, os camaradas suprem... Mas e quando não tem amor?”. Sinto um pouco de medo de ser tão incompreendida pelos homens quanto sou pela minha mãe... Imagine! Desse jeito, acabo morrendo seca, como bem diziam os textos de Glória Perez no ano de 2001. [Eu-RI-1000x+ALTO] Ainda assim, meu maior medo é o de ser covarde a ponto de trair minhas próprias convicções. E, quanto a isso, tenho me mantido segura: Solidão, vazio, incompreensão, pressão... Ainda que me façam estagnar minha militância em eventuais recuos estratégicos, nem tão cedo me farão desistir! LUCIENE AMARAL 22h24min – 9 jun. 10 P.S. O militar lhe faz o que é ordenado pelo Estado capitalista: ordens convenientes apenas ao próprio Estado. O militante, além de não reconhecer o sistema sujo da exploração ao trabalhador, que explora inclusive o militar, pensa e faz o que é devidamente conveniente a todos.

JAILSON

*Grande alegria em dizer que, depois de sei lá quanto tempo, meu PC tá de volta e zerado... Pronto pra a guerra! =D (ESCREVI NO WORD ANTES DE POSTAR NO BLOG PORQUE MINHA INTERNET TAVA SEM FUNCIONAR! :x ) Não faz tanto tampo assim... [agora faz!] Lembro bem de ter passado por aqui pra falar a todos sobre minha viagem a Pesqueira, na ocasião em que conheci um índio de 19 anos que se chamava Jailson e mencionava, ainda, a Tupã como Deus. Fiz uma série de observações e análises sobre o momento e as coisas que aprendi na companhia dele... Coloquei meu coração em cada letra digitada, escrevi emocionada, confesso. *_* E não volto a esse assunto, agora, sem um motivo especial: Um outro homem, de mesmo nome e tão especial quanto o primeiro, me deu a honra de conhecê-lo e tornar-me parte de sua lembrança, quem sabe? Quando o vi pela primeira vez, pensei: “Ele não vai me dizer sequer um Bom Dia”... Vi-me tão mínima diante daquela criatura, que nem parei para criar boas expectativas. Enquanto no Xukuru me encantava a inocência, no Comunista me atraía a falta dela. Menos seis horas no relógio, e eu estava sendo abraçada por ele, sentindo outra vez que o mundo tinha, ainda, muitas voltas a dar... Talvez, antes deste Jailson, eu achasse impossível que ao mesmo homem coubesse o papel de ser tanto o leão quanto o gato. Mas, não resta dúvida: O leão forte e disposto trabalhou o dia inteiro em nome do que acreditava, o gato indefeso e dependente aceitava carinho e tinha o encanto como dom natural, mas parecia não saber disso... Ou será que sabe como atrair alguém e atua bem a ponto esconder o potencial que sabe possuir? Dúvidas à parte, não posso deixar de dizer que tanta gentileza e tão fascinante jogo me puseram presa a cada um dos detalhes do que ocorreu-nos: Conseguiria fechar os olhos e relembrar cada brincadeira e cada palavrão, as atividades e as frustrações também... Não consigo esconder que minha cabeça planeja e imagina coisas que nem sempre dão muito certo, nem sempre terminam da forma perfeita para mim, mas posso afirmar, com toda certeza do mundo, que, se algo tivesse sido diferente do que aconteceu, a emoção que me move a escrever sobre ele, nesse exato momento, seria também uma outra e que talvez não fosse tão feliz e entregue quanto esta! A você, anjo... ☺ LUCIENE AMARAL 14 Abr. 10 - 21h54min. [Hoje, depois de séculos que escrevi esse post aí, preciso dizer que continuamos nos vendo, conversando um pouco menos... Não por sua vontade, claro, mas porque tenho me sentido um tanto desconfortável, com relação a ele, entre os outros companheiros. Depois eu vou explicando isso tudo melhor...] ~> "Mas eu ainda te adoro um tantinho assim, que ameaça nem caber dentro de mim!"