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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

A solução é a arte?

Quem me conhece, conhece também o meu carinho pela Vanessa da Mata.
Tem a cara do Brasil e é perdidamente inteligente!
Digo isto porque temos vivido numa sociedade machista de longa data, que no passado valorizava às cortesãs - um retrato elegante e culto, mas um primeiro modelo de prostituição -, e hoje aplaude as "Mulheres-fruta" (Mulher Melancia, Mamão, Jaca...).
Estas são mulheres que têm representado um país vulgar, promíscuo, acéfalo. São mulheres que vendem a imagem da brasileira ao mundo inteiro como a "mulher bonita e fácil".
É necessário ter sabedoria e consciência para falar às massas.
A missão do verdadeiro artista no Brasil, o grande desafio, é fazer de seu palco uma sala de aula de política e sensibilização.
O coração e os olhos humanos têm fugido de sua responsabilidade...
E é de inteira responsabilidade das pessoas mais humildes, maioria no país, o cuidado para consigo mesmas: Andamos abandonados debaixo das telhas da corrupção e fomos condicionados a não reclamar os nossos direitos mediante a vantagem do não-cumprimento de nossos duros deveres. Mas, na realidade, tal vantagem inexiste!
Não só a Vanessa, mas outros grandes artistas brasileiros têm feito de suas vidas, obras e vozes instrumentos de passagem de conhecimento e conscientização.
Enquanto isso, os profissionais das mais diversas áreas estão condenados pelo sistema vigente a obedecer o que lhes é imposto.
Entre estes profissionais, infelizmente, está o professor. Mas, como futura educadora, tenho pensado, sempre pensei em ser diferente. Trabalhar no setor da Educação, em nosso país, pede muito mais amor que qualquer outra coisa.
Somos remunerados de maneira muito precária, levando-se em consideração o peso funcional e a responsabilidade que carregamos: Quase sempre somos os formadores da sociedade aprisionados pela sociedade. Criamos e mantemos os monstros que nos destroem aos poucos todos os dias.
É muito fácil perceber o quanto a atuação do professor é regulada, limitada, mecânica. Quase sempre é o cara que entra na sala, escreve muito, fala muito e vai embora.
Muitas pessoas estão interessadas em modificar esta realidade, já há muito tempo. Mas, até que muito mais tempo passe e se prove o contrário, o único ser puramente livre e capaz de trabalhar o pensamento da população comum é o artista.
A grande prova disso está nas imagens colocadas aqui: "A" Vanessa e "UM" professor. Ficou claro?
Então deve, também, ter ficado clara a razão da minha crítica à cultura inútil de forma geral. Precisamos parar de aceitar embalagens sem conteúdo. Mas este é só o primeiro passo!

2 comentários:

  1. Eu sou suspeita para falar pq adoro a Vanessa...mas esse artigoh está muuito bom...Parabéns linda^^

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  2. Valeu, Priscilinha ♥
    Espero que continue aparecendo aqui...
    Beijo, minha Babilônia linda!

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