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terça-feira, 12 de outubro de 2010

Sajo

Vão os amores, ficam os poemas...
Por mais que tenhamos sido displicentes
Amando e desamando irresponsáveis
Com entrega total e curta duração
Se fomos ingênuos o bastante
Para preencher folhas dissertando sobre a paixão sentida
Sabemos hoje que nos condenamos:
As paixões apagam-se do corpo
Mas nos cadernos de nossas almas 
Tudo permanece intacto
Os versos se consolidam como a canção marca o momento 
E a fotografia congela o instante
E ainda que amarelem, ainda que rasguem, desintegrem
Ficam debaixo da pele, debaixo da mente, no fundo da caixa
Posto que vai o sentimento
Mas fica o coração...


Luciene Amaral 12 out 10 02h17min.


P.S. Pro meu amigo de pouco tempo, mas muita alegria, Joás Vicente.

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