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sábado, 16 de outubro de 2010

Pra Fábio Andrade

A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA
Preciso falar dessa felicidade que eu sinto sempre que volto pra casa depois de uma boa aula de Literatura.
Já falei delas aqui em textos anteriores... Mas nunca com exclusividade, como acontecerá agora.
Posso dizer que tive, desde sempre, ótimos professores de Literatura que me apaixonaram e foram determinantes para a minha escolha de curso na UFRPE.
O amor que via nos olhos desses professores que tive me tocava...
E um dia eu acordei percebendo que queria provocar esse mesmo amor em outras pessoas. Então decidi me tornar professora também...
Decisão pesada: é uma profissão extremamente desgastante e mal remunerada.
Só o amor, só a paixão que sentirmos pela nossa atividade e pela importância do nosso papel, poderá fazer com que não desistamos de tudo nos primeiros obstáculos.
Eu tinha outros motivos pra não jogar tudo pro alto antes de entrar na Universidade: O meu orgulho, a minha alegria, o meu bolso, a vontade de mudar o mundo, a minha mãe...
No entanto, hoje eu sinto que ganhei uma razão a mais pra ser feliz nesse caminho que escolhi: A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA.
Ver os olhos de Fábio brilhando enquanto ele fala... Me faz sonhar com o dia em que o mesmo brilho vai partir dos MEUS olhos.
E tudo o que eu puder fazer pra aproveitar o tempo destes relógios antes que eles derretam, desintegrem, percam a essência, farei.
Tudo o que eu puder absorver, toda a luz que eu puder captar daqueles olhos tão apaixonados pelo que conhecem e pelo que ainda buscam conhecer, sei que fará de mim não só a boa professora, mas a mulher apaixonada por outros livros que não sejam os da anatomia e emoção humana.

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