Você é o visitante...

domingo, 26 de setembro de 2010

BAGUNÇA

Seria cômico se não fosse trágico perceber que sempre pode haver alguém capaz de dominar as nossas emoções.
Homens complicados, homens carregados de mistérios indissolúveis, não me atraem mais, ainda que os venha a amar.
Abri os olhos para a realidade de que preciso cuidar de mim e dos meus. Só depois de cumprir com esta responsabilidade posso me sentir verdadeiramente livre para o resto...
Mas a tragédia se dá, senhoras e senhores, a partir do momento em que minhas convicções sofrem ataques que vão além das esferas da guerra.
A guerra da qual sou vítima agora tem suas origens no meu sangue quente, nos meus cabelos assanhados e na minha pele sem vontade própria debaixo dos comandos dos seus dedos.
E até me dá vontade de rir, às vezes, da minha prepotência, hoje tão ridícula, de uma semana atrás... Sim, porque a paixão é uma criatura extremamente apressada!
Logicamente, o amor, que é longo e paciente, tem lá sua beleza irrevogável e incontestável... Digo isso sabendo que, enquanto digito, meus olhos brilham mergulhados em tudo o que eu já sonhei e se perdeu pelo caminho.
Mas se o meu acesso a esse tal amor estiver condenado ao fracasso, se para sentir-me amada eu precise sofrer, prefiro apenas esquecer-me de meu coração.
Prefiro sentir a dor da pele, da carne queimando por cima de uma ou outra paixão.
As feridas causadas pela luxúria cicatrizam facilmente, se comparadas às decorrentes dos infinitos tipos de complicações às quais o amor está sujeito.
Hoje eu decidi optar pelo corpo em detrimento do coração porque os mistérios da carne não me assustam mais e o coração, que antes era meu altar dentro de mim, agora é uma casinha simples e bagunçada habitada por homens que a invadiram.
P.S. Um beijo pra Isak e Smael, que encontrei na quinta-feira lá pela faculdade, pra Marcinho (minha saudade!), Jupi Muniz (Desordem...) e pra Mário Bóris!
Fui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário