FRUSTRAÇÃO

"Tão bom, que de bom não presta..." Agora conheço o verdadeiro sentido desse ditado popular que tantas vezes vi saindo da boca de minha mãe. Lembro de ter falado aqui antes que não desejava sentir nojo de mim outra vez por conta de minha condição física. Pois bem, me senti o pior dos seres outra vez... Tudo começou quando, ontem à tarde, tive aquela conversa com meu pai sobre o primeiro namorado (Primeiro que ele conhece). As coisas estavam andando bem demais para serem a realidade simples, nua, crua e imutável... Ocorre que, à noite, assim que minha mãe chegou do trabalho, houve uma conversa entre eles que eu, até então, desconhecia. Depois, chegou aos meus ouvidos o seguinte: - Seu pai pediu que eu procurasse saber se a família do seu namorado não vai se opor ao relacionamento por preconceito contra você... Não pude esconder o quanto fiquei chateada. Se houver preconceito mesmo, isso não vai mudar nada, entendem? Não será o primeiro caso e talvez não seja o último, apesar de eu compreender que isso nada mais é que um último recurso desesperado de proteção... Me proteger não significa me afastar dos meus limites, pai, mas me ajudar a ultrapassá-los! Me proteger não significa me afastar do preconceito, pai, mas combatê-lo me dando as mãos! De mais a mais, o que de fato me interessa é que o meu namorado, quando questionado por mim sobre o assunto, considera o seguinte: - Por mim, você podia andar de cabeça pra baixo e não ia mudar nada! Pra o resto das opiniões, sinto muito, outro ditado funciona muito bem: "Tô cagando e andando!" Com o perdão da expressão, claro... Não deixo nunca mais a minha limitação física estragar setor nenhum da minha vida! Sobre o assunto, conversei ontem com Fabiane, minha amiga da faculdade, por MSN e, mais que quero, preciso terminar com uma frase que ela usou: FODA-SE A DEFICIÊNCIA! P.S. Amo você, Mozinho ♥ Beijo pra Fabiane, Luana, Renata e Tia Fabiana