É, meus caros... A palavra tem mesmo poder.
A pobre coitada queria esperar o novo ano vestida em branco e longo.
Comprou em setembro para evitar preços exorbitantes, mas...
Novembro se foi e foram, com ele, quatro quilos de Helena...
Eis que o longo branco, que prometia atrair paz, foi forçosamente substituído por um vermelho pouco gasto de dois anos antes.
Helena comenta com a amiga:
- Esqueci a superstição, abandonei. Eu queria paz, era só o que eu queria.
E a amiga brinca:
- Se você acreditar em superstição vestida assim [de vermelho], a confusão fica pior ainda!
A palavra tem poder, meus caros:
As duas se abraçam e trocam um "Tchau".
Helena abre a porta e... ELE.
Abraço... Os dois trocam o coração.
Mentira...
Ela entrega,
Ele, talvez.
Ele pede calma...
Ela bebe, chora, escreve, arranha
Desfaz-se vermelha,
Como a face desprovida de vergonha que ele tem.
Sozinha, não dorme: apaga!
Decide: AMA!
Luciene Amaral - 1/Jan/11 - 4h.
P.S.
Uma folha, ai,
melancolicamente
cai!
Mário Quintana
(Por que será que eu encerrei com um HAIKAI???)
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