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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Último do ano que passou



Meu coração anda apertado...
De repente veio um nó à garganta
Para mostrar que nenhuma certeza,
De fato, existiu por todo esse tempo.
Verdade.

Quis e continuo tentando me enganar,
Fingir que tudo sempre esteve bem...
Quando, na realidade, não parei de correr em círculos,
Não deixei de dar voltas de 360 graus para sentir de novo o vazio,
A sensação de vazio de ter feito milhões de atos de esforço
para acabar sempre tropeçando na mesma pedra.

A verdade é que não sei mais a diferença entre as rosas e os espinhos:
Sangro e gozo, gozo e sangro
E me perco quando acho que me encontrei
E me torturo quando minha felicidade ameaça ferir alguém.

SOU HELENA CONSCIENTE!

Mesmo imoral, sei que não tenho alguns direitos:
Posso viver, morrer, correr, cair, chorir, sorrar...
Mas não posso e não quero ferir, não posso magoar ninguiém.

Ser feliz às vezes significa machucar inocentes.
Parece ser inevitável, já que, naturalmente, se opta pela própria felicidade
E dane-se o mundo...

Mas eu não sou assim! Tento, até, mas não.
Ou será que consegui sem perceber?
Morre a dúvida:

Desci as escadarias da moralidade
E encontrei, branca e febril, o meu índio...
Homem bem despido: Senti sua alma!
Homem bem amado: Conheço meu íntimo.

Conheço e, por vezes, lamento:
É preciso magoar inocentes para ser feliz
Em muitos pedaços do caminho.

Se não houver saída,
Meu amor, índio, vermelho rosto e amante,
Sou Helena e tua!
Dane-se o mundo.

Luciene Amaral 01h59min 23 dez 10

P.S. Basta eu olhar pra você... Fica tudo em evidência ♪

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