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domingo, 12 de dezembro de 2010

Início


Preciso pedir perdão aos visitantes desta casa e a mim mesma.
O tempo disponível para o amor escrito, a filosofia e as convicções discutíveis diminuiu consideravelmente...
Tenho preenchido cada segundo da minha vida de uma forma, por inúmeras vezes, vazia e incompreensível.
Tenho dificuldade de entender a razão que me põe de pé todos os dias...
Depois de tanta violência, de tanta correria, de tanto desespero e agonia em torno da construção de uma vida, em torno de sonhos e planos que pareciam irrecusáveis, abri os olhos e percebi que nada vale mais que o sossêgo... 
Precisei passar por provas que ainda insistem em não terminar para sentir o verdadeiro peso, o verdadeiro valor de muitas coisas...
Meus amigos, meu travesseiro, minha liberdade, meu ócio!
Porque o meu juízo prefere não tirar férias, as minhas metas não cansam de me perseguir e a loucura, único remédio sem embaraços, deixou de ser uma possibilidade interessante...
Preciso estar e ser consciente agora e daqui em diante!
E, para todas as outras pessoas, não mudei... Sou o mesmo pequeno ser que sorri e chora e chora e sorri e procura e não deixa de procurar.
Mas aqui dentro, dentro deste pequeno coração, sei que os muitos relógios horários e anti-horários obedecem a uma forma de tempo desconhecida, misteriosa e maravilhosa.
Tenho aprendido muitas coisas, apesar de várias delas ainda não terem utilidade prática...
Apesar disso, todo conhecimento que adquiri está guardado esperando o tempo certo para se libertar, porque eu acredito que há um momento reservado para cada coisa.
Tanto há, que minha mãe passou uma pilha de anos desejando uma casa, um lugar onde pudéssemos viver em paz... E só agora, que eu já tenho quase 18 anos, todos os sonhos relacionados a isso poderão se tornar realidade.
Estamos felizes... Finalmente o falso clã cairá por terra! Mamãe, minha irmã e eu recebemos de Deus a chance de criar uma família nova, uma família de verdade.
Não será fácil, mas será prazeroso... 
Doerá deixar para trás tudo o que fez parte de mim durante esses 17 anos, mas será bom encontrar nos olhos da minha mãe o brilho que eu sempre quis ver.

Continua...

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