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quarta-feira, 17 de março de 2010

DESCOBERTAS

Eu me olhava no espelho, não faz muito tempo, e via uma menina cheia de insegurança e fraquezas psicológicas. A imaturidade era um cartaz grudado nas minhas costas pelo destino... Eu era uma menininha tentando crescer por dentro nos aspectos em que o mundo externo exigia a perfeição. Me entregava por qualquer carinho barato, sorria pra qualquer corpo estranho... E, quando quebrava a cara, chorava até sentir que tinha esquecido os meus motivos pra chorar. Nove dias de Universidade depois, cá estou eu, enfrentando minha nova imagem ao espelho: Sou alguém que quer fazer a diferença! Logicamente, ainda estou movida pelo primeiro fogo, pelas novidades e pelo prazer de ser novata no sistema e ter vontade de aprender tudo de uma vez só... Mas, quem me conhece sabe bem, sempre fui o tipo de gente que reclama mesmo, que reinvindica as coisas, "que critica tudo"... E que, ao mesmo tempo, ouve, acolhe e ama, mas ama muito! Como Cazuza, estou à procura de minha ideologia e me sinto mais perto dela do que nunca. Descobri que a Universidade é mesmo o meu lugar e que estar cursando a Licenciatura em Biológicas foi um jeito torto (aos meus olhos) que Deus encontrou pra me fazer chegar ao estágio que alcancei. Fazendo parte de um curso, até aqui, sem um Diretório Acadêmico responsável, vi crescendo dentro de mim o desejo de trabalhar por mudanças, por mim e por todos os outros colegas. Ainda convivo com o constante medo de falhar, não posso mentir, mas me sinto feliz por ter força, hoje, pra me lançar às tentativas. No plano familiar, meus novos achados já causam incômodo ao meu bom e velho pai, que não apoiou "o fato de sua frágil criaturinha envolver-se com política". Conversando com um amigo, na última madrugada, contava que, se houvesse a possibilidade, moraria na Universidade... Estou apaixonada, me sinto em casa! Da porta pra fora, na minha segunda casa, está tudo mais que maravilhosamente bem. Ainda preciso convencer os meus de que meu mundo mudou... Dar tempo para que eles assimilem a novidade ambulante com quem estão sendo obrigados a conviver! Sinto que nasci para a luta, mas minha formação familiar me impôs o silêncio... Agora, tudo o que eu desejo é mostrar que sou capaz de usar minha força (que eu nem sabia que tinha, dois meses atrás) para fins realmente interessantes, para o trabalho, a missão que a vida me deu: Lutar até a última conseqüência! "O valor ideológico que o Movimento tem pra cada um de nós é que vai fazer com que conquistemos a realização de objetivos!" Frase minha quando questionada sobre a participação no MOVIMENTO EVOLUÇÃO UFRPE.

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