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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

AINDIADO

Nessas horas de noite escura
Sem lua ou flor
Quando a  Madame Solidão
Companheira dos frustrados
Bate à porta em visita
Lembro-me de seu rosto profundamente simples
E dos lábios desfazendo-se em todas as canções que não ouvi
Sinto em mim as águas de seu rio correndo
E não sinto o que mais queria, infelizmente
Mas vejo o que ninguém - ou quase - viu em seus cabelos longos e olhos perdidos
São cabelos iguais à noite sem lua
E olhos que voltam às carreiras na aldeia
E voltam ao sangue misterioso para todos - ou quase -
Menos para mim
Que sei o que é o amor e sei o que é sua falta
Regada ao anoitecer sem lua, sem luz, sem flor...
Sem ti!

LUCIENE AMARAL 21h08min 11 Nov 10

P.S. Ah, gente... Esse poema tem um gostinho especial pra mim: nasceu de uma conversa com um cara chamado Martín Palacio. É minha forma de agradecer a tanta gentileza, carinho e força...

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